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segunda-feira, 2 de março de 2015

Teste da Orelhinha - Exija!

Nossa, quanto tempo! Mas não esqueci daqui não, é que realmente esse ano estou uma Mãe a beira de um ataque de nervos.
E hoje ao mexer na internet, lembrei de uma situação que acho importante citar. Hoje em dia nos Hospitais é comum fazer o chamado Teste da Orelhinha, um exame rápido pra verificar se o bebê responde a um estímulo sonoro. Eu como mãe de primeira viagem só fui saber disso quando a enfermeira entrou no quarto e pediu pra que eu fosse para o andar de baixo com a minha bebê dormindo para realizar o exame. Porque com o bebê dormindo? Pois uma pequena sonda é colocada na orelha do bebê e ligada a um aparelho. Ele emite um som, que chega ao ouvido interno e volta ao aparelho. A ausência desse retorno indica problema. Meu dilema começou já na parte do 'seu bebê tem que estar dormindo'. Minha filha não gostava muito de dormir nesses primeiros dias dela fora da barriga, mesmo assim fui com toda paciência com ela pra realizar esse teste, entrei com ela dormindo (depois de ficar meia hora com ela no peito pra pegar no sono), veio a Fonoaudióloga com aquela cara de que estava com uma vontade de estar alí trabalhando (estou sendo irônica, claro), e sim era convênio antes que me perguntem, pois me vieram falar que isso só acontece em Hospital Público. Não, funcionários sem vontade de trabalhar bem também existe em Hospitais que atende convênio.
Enfim, voltando ao assunto. Eis que ela começa os procedimentos para fazer o teste e eu com aquela cara de não estou entendendo nada pedindo pelo amor de Deus pra minha bebê não acordar no momento do teste. Ouvidinho direito ok... Ouvidinho esquerdo a Fonoaudióloga super bem amada (ironizando novamente) vira e diz que tem algo errado, que terei que voltar pra realizar novamente o teste pois tinha dado alteração.
Fala sério, que mãe de primeira viagem não desespera com uma profissional falando que seu bebê está com alteração em um exame e não explica nada? Bom, eu surtei por dentro subi para o quarto com uma vontade enorme de dizer porque comigo, ou melhor, porque com a minha bebê!!
Lá no quarto pedi pra enfermeira chamar o Pediatra que eu queria conversar, e ela perguntou qual o motivo e ela com uma cara do tipo 'Ai de novo uma mãe surtada' me disse pra ficar tranquila que muitas vezes dá alteração mesmo, pois pode ser que esteja com água no ouvido pelo fato de ficar 9 meses dentro de uma bolsa com água. Enfim... fiquei torcendo pra que no dia do retorno fosse isso mesmo que tivesse acontecido.

No dia do retorno novamente o dilema de que o bebê tem que estar dormindo. Minha filha acordadona, dou o peito e ela dorme porém até ser chamada na sala, pensa em um Hospital barulhento? Sim, é a Maternidade de Campinas. As enfermeiras batem a porta todo santo momento e a cada bateção de porta ela acordava. O meu marido pegou pra fazer dormir, dormiu e uma criança estava lá aos berros e não parava por nada os gritos, minha filha acordada novamente, até que desisti e o médico indicou que realizasse o teste com sedação. Por mim tudo bem, seria até melhor. Não antes de saber que necessitava ficar em jejum o bebê e teria que marcar o retorno. Não sei se eu ficava mais impaciente com o retorno, em pensar que seria a coisa mais dolorosa escutar que realmente ela não escutava de um dos ouvidos, de imaginar ela esguelando de fome (visualiza um bebê com fome, imaginou? Então tá, rs) ou se eu surtava com tudo isso junto. No dia do retorno, minha filha em jejum, realizado a sedação o momento do teste. Meu coração a mil e a Fonoaudióloga (Graças a Deus não era a mal amada da primeira vez) informou que estava tudo ok com a audição da minha filha. Alegria batendo na alma.
Aperto no coração quando saio e vejo a mãe anterior a mim, chorando de monte conversando com o médico informando que a bebê dela apresentava surdez mesmo com o retorno do exame. :(
 
Procurei saber antes do retorno da minha filha caso o teste indicasse deficiência auditiva o que tem de ser feito, e o primeiro passo é consultar o médico otorrino, para complementar a avaliação e a criança iniciar logo o tratamento. O tratamento depende do grau da deficiência, podem ser estímulos sonoros, terapias de reabilitação, próteses que amplificam o som e até cirurgia, como o implante coclear. Com algumas medidas simples, você também pode verificar a audição do seu filho.
Um teste legal que eu fazia sem saber que é o que os médicos indicam era chamar o nome da minha bebê ou fazer sons pra verificar se ela olhava ou demonstrava alguma reação. Fazia barulhos atrás dela pra ver se localizava o som. Com 3 meses o bebê já inicia essa capacidade.
 
Outras causas de deficiência auditiva:
- Hereditariedade, ocorrendo mais nos casamentos consangüíneos
- Má-formação do ouvido interno, chamada displasia de Mondini
- Prematuridade, quando o bebê nasce com peso inferior a 1,5 quilo
- Níveis elevados de bilirrubina no nascimento, que podem levar a intoxicações e comprometer o sistema nervoso
- Caxumba e meningite bacteriana na criança
- Medicação com drogas que lesam o ouvido interno, em geral antibióticos prescritos para diarréia e vômito
Fonte: Revista Crescer

Portanto Mamães, não deixe de realizar esse teste em seus bebês, ele é obrigatório em qualquer Hospital então exija seus direitos. Ou melhor, ele é direito do seu bebê e qual mãe não preza pela saúde de seu filho não é?
Beijos!
 

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